O governo planeja dividir o programa Renda Brasil em quatro subprogramas, uma forma de criar um “selo social” para o presidente Jair Bolsonaro, ainda sem partido. Na aposta, um deles deverá se chamar Primeira Infância, ideia que consiste em oferecer benefício para que as mães de bebês a partir de seis meses e de crianças com até três anos possam matricular os filhos em creches particulares.
Uma justificativa é que muitas jovens precisam cuidar dos filhos porque não conseguem vagas em creches públicas e ficam sem estudar ou trabalhar.
Já o Bolsa-Família deverá ser unificado com o abono salarial, o seguro-defeso e o salário-família e passará a se chamar Renda Cidadã, mas isso se o Congresso aprovar.
A ideia do governo é enviar um projeto de lei ou uma Medida Provisória ao Legislativo para criar o Renda Brasil e com isso, uma vez criado, o orçamento disponível seria turbinado a partir da aprovação de outras propostas pelo Congresso.
Prêmio para os melhores
Para famílias com crianças e adolescentes matriculados no ensino fundamental e médio, o governo deve criar o subprograma Incentivo ao Mérito, em que os melhores alunos e atletas recebem premiações em dinheiro pelos bons resultados. Os critérios e os valores para essas premiações ainda estão em estudo.
Por último, deve ser criado o subprograma Emancipação Cidadã. Nessa etapa, serão ofertados cursos de capacitação para que os beneficiários aprendam um ofício e recebam um reforço de português e matemática.
Com o Renda Brasil divido em quatro subprogramas, o governo espera criar condições para que famílias de baixa renda possam sair da pobreza e ingressar no mercado formal de trabalho.
A ideia do governo é que famílias que deixarem o programa de maneira voluntária depois do aumento de renda possam ter prioridade para voltar a receber o benefício se enfrentarem problemas.