Na manhã de hoje, partidários do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país, invadiram a embaixada da Venezuela, em Brasília.
Segundo informaram fontes diplomáticas e policiais, os apoiadores de Guaidó entraram no local com a ajuda de funcionários da embaixada. Oficialmente, junto a mais de 50 países, o Brasil reconhece Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela. Ainda assim, a embaixada venezuelana continuava sob o domínio de aliados de Maduro.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) manifestou apoio ao grupo de aliados do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó. Ele disse que “ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo” e logo foi criticado pela oposição.
De acordo com a PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal), um grupo de manifestantes entrou na embaixada e tentou tomar o controle do local por volta das 4h de hoje. A ONU (Organização das Nações Unidas) já alertou que o Brasil é responsável pela segurança da embaixada.
Um diplomata brasileiro foi enviado ao local junto com a PM-DF para mediar a situação. Segundo a PM, os policiais aguardam uma autorização do Ministério das Relações Exteriores para agir. Um representante do ministério, Maurício Correia, está negociando com os manifestantes, de acordo com a polícia.
A Presidência da República negou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tenha incentivado o que tratou como “invasão” à embaixada da Venezuela em Brasília. Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança presidencial, chama o episódio de “fatos desagradáveis”.
“Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó; as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade”, afirma o texto.