Conheça os dez senadores que mais gastaram dinheiro público da maldita verba indenizatória entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2019.

No mesmo período da legislatura passada dos deputados, o Senado reembolsou a senadores R$ 101,3 milhões com o dinheiro da CEAPS (cota para o exercício da atividade parlamentar dos senadores), comumente chamada de verba indenizatória.
Para pagar alugueis de imóveis, de carros, de aviões, contratar serviços de segurança pessoal, refeição e até cafezinhos, os senadores contam com este recurso financeiro que é público e que dispensa a apresentação prévia de orçamentos para comprovar que o gasto realizado foi o mais barato.
Senado embaçado
A pouquíssima transparência oferecida pelo Senado e a quase nula fiscalização interna da Casa sobre os ressarcimentos feitos via verba indenizatória propiciam gastos elevadíssimos e, por que não dizer, estranhos? Como é o caso da maior nota fiscal apresentada no Senado neste período, onde o atual presidente da casa foi ressarcido em R$ 270 mil reais, em março de 2018.
A empresa favorecida foi a Start print Comunicação Visual Eireli localizada em Brasília, distante 1.800 Km de avião de Macapá, capital do estado natal do senador. De acordo com a assessoria do parlamentar, foram confeccionadas 70 mil revistas que divulgaram o trabalho de Alcolumbre em seu mandato. As revistas pesaram juntas cerca de 500Kg.
Sem gastar nada
Apenas os senadores Reguffe (sem partido) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) não usaram dinheiro da verba indenizatória, o que comprova que a estrutura já oferecida pela casa é o suficiente para o exercício do mandato.
A lista
A aquisição de passagens aéreas para deslocamento dos senadores entre Brasília e o estado de origem são contabilizados na CEAPS, o que faz com que parlamentares da região Norte tenham seus gastos ainda mais elevados e por este motivo, para este levantamento, excluímos as aquisições de passagens aéreas. Porém, nem isso fez com que a lista deixasse de contar com 8 senadores dessa região. Os outros dois são do nordeste.
10º lugar
Ivo Cassol (PP-RO)
Gastou R$ 1.309.896,34
9º lugar
Romero Jucá (MDB-RR)
Gastou R$ 1.347.619,03
8º lugar
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Gastou R$ 1.353.752,05
7º lugar
Ciro Nogueira (PP-PI)
Gastou R$ 1.356.639,02
6.º lugar
Ângela Portela (PDT-RR)
Gastou R$ 1.509.819,12
5º lugar
Omar Aziz (PSD-AM)
Gastou R$ 1.513.314,00
4º lugar
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Gastou R$ 1.517.673,08
3º lugar
João Capiberibe (PSB-AP)
Gastou R$ 1.530.530,20
2º lugar
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Gastou R$ 1.538.462,46
1º lugar
Fernando Collor (Pros-AL)
Gastou R$ 1.585.811,14