
Para “compensar as despesas com mudança e transporte”, os 8 senadores reeleitos receberão um mimo em janeiro no valor de R$ 101.289,00, o equivalente a três salários dos congressistas. Isso porque, além do subsídio referente àquele mês, esses congressistas receberão duas vezes o valor de R$ 33.763, referente à chamada “ajuda de custos”.
Você pode ajudar a frear este mimo. Veja no final desta página.
O pagamento é feito sempre no início e no fim do mandato. Por isso, os oito senadores reeleitos têm direito a recebê-la duas vezes. É o caso de: Ciro Nogueira (PP-PI); Eduardo Braga (MDB-AM); Humberto Costa (PT-PE); Jader Barbalho (MDB-PA); Paulo Paim (PT-RS); Petecão (PSD-AC); Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e Renan Calheiros (MDB-AL). Desses, só Braga e Randolfe informaram publicamente que vão abrir mão do auxílio.
A ajuda de custos começou a ser paga em 2013 por meio de decreto legislativo promulgado pelo então presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (MDB-AL), um dos que será beneficiado pelo pagamento “triplo” em janeiro.
Na época a medida foi uma forma de acabar com o 14º e o 15º salários pagos aos congressistas todos os anos. Os dois pagamentos extras que os parlamentares recebiam só caíram após pressão popular.
Ajuda de custo para mudar o que não se mudou
A ajuda de custo deveria servir para ajudar com as despesas de mudança no novo senador para a capital do país. Mas seria justo que aqueles que já estão em Brasília devidamente acomodados receberem o benefício?
O senador Petecão (PSD-AC) disse ao Congresso em Foco que não vai dispensar a verba indenizatória porque em seu estado, o Acre, “não tem muita estrutura”. O congressista disse ainda que em sua concepção não está cometendo nenhum tipo de crime pelo fato de a verba estar dentro do regimento. “Se a Mesa [diretora] cortar para todos, aí tudo bem”, afirmou.
Na contramão do discurso de Petecão e Humberto Costa (PT-PE), que também disse não ver problemas em receber o mimo, os senadores Randolfe Rodrigues e Eduardo Braga devolverão a ajuda de custos por considerar injusto que o cidadão pague por despesas que não existirão.
Veja a lista de e-mails dos senadores que ainda não se colocaram contra o recebimento do mimo, caso você queira enviar uma mensagem de repúdio a eles.
Ciro Nogueira
Humberto Costa
Jader Barbalho
Paulo Paim
Petecão
Renan Calheiros
Deputados que viraram senadores e vice-versa
Deputados federais eleitos para o Senado | Senadores eleitos para a Câmara |
Major Olímpio (PSL -SP) | Gleisi Hoffmann (PT-PR) |
Mara Gabrilli (PSDB- SP) | Aécio Neves (PSDB-MG) |
Esperidião Amin (PP-SC) | Lídice da Mata (PSB-BA) |
Jorginho Mello (PR-SC) | José Medeiros (Pode–MT) |
Weverton Rocha (PDT-MA) | |
Eliziane Gama (PPS-MA) | |
Arolde de Oliveira (PSD-RJ) | |
Irajá Abreu (PSD-TO) | |
Izalci Lucas (PSDB-DF) | |
Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) | |
Luiz Carlos Heinze (PP-RS) | |
Marcelo Castro (MDB-PI) | |
Marcos Rogério (DEM-RO) | |
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) | |
Veneziano Vital do Rego (PSB-PB) | |
Zenaide Maia (PHS-RN) |
Com informações do Congresso em Foco (repórter Ana Krüger)
Aqui em SC temos Esperidião Amin que era Deputado Federal e agora elegeu-se Senador.
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Jorginho Mello, agora senador, também em SC, mesma situação.
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