
Era março de 2017 quando Lúcio Big, este que aqui escreve, enviou à Câmara uma relação de 64 empresas que emitiram notas fiscais a deputados em decorrência da venda de produtos ou prestação serviços.
Porém há um detalhe comum entre elas que não foi percebido pelos gabinetes dos parlamentares e nem mesmo pelos funcionários da Casa responsáveis por verificar os documentos fiscais. 59 dessas empresas estavam com status de “baixada”, na Receita Federal, o que sugere que as notas fiscais fossem “frias”.
A Câmara precisou de 16 meses para verificar a situação cadastral de algumas delas e chegou a conclusão que em pelo menos três delas havia irregularidades, o que resultou na cobrança aos parlamentares envolvidos que tiveram que devolver R$ 495,72 aos cofres públicos.
Documento de devolução de R$ 495,72 (item 6)
Em outro momento mais duas empresas foram flagradas pela OPS emitindo notas frias a parlamentares e como resultado mais R$ 2.304,97 retornaram ao caixa da Câmara.
Documento de devolução de R$ 2.304,97
No total a OPS obrigou parlamentares a devolverem R$ 2.800,69 que representam uma gota no oceano frente ao desperdício de dinheiro público que tomamos conhecimento diariamente, mas é um valor que não teria sido recuperado não fosse o trabalho da OPS que sempre conta com a ajuda de voluntários país afora.
Com este valor a Operação Política Supervisionada soma R$ 5.758.983,14 já recuperados aos cofres da nação, sem contudo gastar um único centavo do dinheiro público.
Mais ainda há o que ser feito
A Câmara informou que ainda não concluiu todo o trabalho de verificação das empresas e por isso disponibilizo aqui a resposta da Câmara que contém a relação de empresas para alguém da área contábil ou até mesmo de alguma Secretaria de Fazenda possa analisar cada uma das empresas diate da Receita Federal e o enquadramento dado a elas pela Câmara. Em caso de divergência, peço que me envie informações pelo formulário abaixo.