Sobre esta “performance” do artista Wagner Schwartz, eu digo que boa ou ruim, bonita ou feia, degustável ou intragável, arte é arte.
Esta é mais uma apresentada no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo e que, segundo o próprio museu, ocorreu em sessão fechada para convidados. Ainda, de acordo com o museu, todos os presentes sabiam que o artista estaria nu.
Sendo assim, eu não vejo o menor problema do artista querer se apresentar sem roupa e ainda permitir ser tocado. Da mesma forma, os convidados que se fizeram presentes no evento não foram lá sob ameaça ou tortura, mas sim com as próprias pernas e portanto, não podem reclamar do que viram.
Quanto à nós, cabe apenas divagar sobre o assunto, uma vez que somos livres para nos expressarmos, assim como é também o artista Wagner Schwartz.
Mas a coisa se complica quando uma criança interage com “a obra”. Será mesmo que a mãe achou válido que sua filha apalpasse o corpo desnudo de um homem desconhecido? Será que ela achou que aquilo contribuiria para o crescimento intelectual de sua filha?

Eu não perderia meu tempo para ver uma performance daquelas, até porque se tentou reproduzir a obra “Bichos” da artista Lygia Clark que sim, é muitíssimo interessante, mas que se trata de um aparato metálico com articulações em que o público pode manusear, dando formas diferentes à obra. Mas trocar o objeto por um homem pelado me parece uma grande jogada de marketing do artista, o que parece ter dado certo.
Em resumo, digo:
1 – todos somos livres para pensar, falar, criar e criticar
2 – não podemos ditar o que é e o que não é arte, podemos apenas gostar ou não
3 – a performance é de muito mau gosto, mas é arte
4 – a mãe da criança deveria ser intimada pela justiça para explicar o que diabos ela foi fazer lá com a filha, e pior, por ter consentido que ela tocasse no homem nu;
5 – o artista foi genial em seu marketing
6 – a imagem abaixo também é arte (acabei de fazer no Corel Draw)
Além de competente no que faz, gênio da Arte! haha!
CurtirCurtir