Apesar de não ter concorrência em alguns serviços de entrega de correspondências no Brasil, os Correios deverão fechar o balanço anual de 2017 com um rombo de R$ 1,3 bilhão de reais.
Se confirmada a previsão, este será o quinto ano consecutivo em que a companhia, que foi palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, fechará no vermelho. Nos primeiros quatro meses deste ano, o prejuízo acumulado é de R$ 800 milhões.
Presidente da estatal, Guilherme Campos disse tentar reverter a crise propondo alterar o plano de saúde dos funcionários. A ideia é que a empresa, que hoje custeia, em média, 93% dos planos de funcionários, estendendo o benefício a cônjuges, filhos e pais, concentre-se em pagar 100% do benefício, porém apenas para funcionários ativos e aposentados, excluindo parentes.
Há ainda uma séria de outras propostas sendo analisadas pela direção da estatal e há uma série de propostas apresentadas, como acelerar o desenvolvimento de parcerias estratégicas com o setor privado com “diversas alternativas”, como oferta inicial de ações da empresa, fusão e aquisição ou joint venture.
Há ainda a edição de uma Medida Provisória (MP), que já está em análise no Ministério de Ciência e Tecnologia, para viabilizar a substituição de agências próprias por franquias, entre elas o Microempreendedor Postal. Outra medida é o apoio para a substituição de 3.696 agências próprias (fechamento) por agências franqueadas, o que, segundo a estatal, representaria uma redução de custos da ordem de R$ 800 milhões por ano.
Em resumo: Depois de esbanjar o que tinha e o que não tinha, o jeito encontrado pela direção dos Correios é enviar a conta do mau gerenciamento de anos para que os funcionários paguem.