Depois de nove horas de debates, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou há pouco, por 14 votos a 11, o relatório da reforma trabalhista (leia a íntegra do Projeto de Lei da Câmara 38/2017), que impõe dezenas de alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Na sessão, que começou por volta das 10h e avançou pela noite desta desta terça-feira (6), os senadores Paulo Paim (PT-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA) apresentaram votos em separado – apenas a primeira leitura, de Paim, durou duas horas e meia.
Por fim, o parecer do relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), com a ressalva de que fez sugestões de veto de conteúdo ao presidente Temer, investigado por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF) e com risco de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em julgamento a ser iniciado às 19h.
Ferraço alegou que, caso alterasse o texto, aprovado na Câmara em 26 de abril e, alegando que se o fizesse a proposição retornaria para os deputados.
Apenas um senador da base aliada pediu a palavra para defender o governo durante a sessão, presidida pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) – no comando tucano depois do afastamento do colega Aécio Neves (PSDB-MG), enredado na mesma delação premiada que alvejou Temer no Supremo Tribunal Federal. Coube a José Serra (PSDB-SP) fazer uma rápida intervenção na CAE, por volta das 18h, mesmo assim para criticar determinada postura do Banco Central.